Artigo da autoria de Bruno Oliveira, Senior Brand Manager Senior na Sumol & B!
Os Superfãs são os Melhores Vendedores de uma Marca
Para as marcas criarem os seus superfãs, é necessário criarem a sua comunidade, olhando para a mesma não como um canal de vendas, mas como um canal de relacionamentos, onde o grande objectivo é criar um sentimento de pertença e de tribo.
O que é um Superfã?
Embora a palavra não exista no dicionário português, podemos descrever como uma pessoa que é obcecada por algo em particular, no enquadramento do marketing, alguém que é um Brand lover.
Exemplo de um superfã da Star Wars:
- Já viu vários filmes e não perde uma estreia ⇒ Heavy Consumer
- Faz assinatura do canal Disney ⇒ Fidelização
- Compra todo o merchandising da Série ⇒ Venda Cruzada
- Faz críticas sobre os filmes (positivas e negativas) ⇒ Feedback e Insights
- Vai a todas as edições da Comic Con vestido de Yoda ⇒ Activação de marca

Mas o mais importante de tudo, evangeliza sobre Star Wars, convence os amigos a irem ver os filmes, recomenda o Disney Channel e oferece aos filhos dos amigos um boneco do Yoda. São os melhores vendedores da marca.
Porém, para as marcas criarem os seus superfãs, é necessário criarem a sua comunidade, olhando para a mesma não como um canal de vendas, mas como um canal de relacionamentos, onde o grande objetivo é criar um sentimento de pertença e de tribo.
As marcas devem alterar a sua visão de B2P (Brand to People) para H2H (Human to Human), onde a comunidade tem que ter uma identidade (tribo), um espaço (pertença) e experiências (envolvimento). Todas estas três condições devem estar presentes para que uma verdadeira comunidade exista.
Mas, para que isto aconteça, a marca tem que mapear as suas diferentes personas e definir quais as mais relevantes e como podem acrescentar valor no seu dia-a-dia.
Um dos exemplos é a Nike que, percebendo a importância da comunidade de Streetwear e os fenómenos das edições limitadas (drops), criou a app SNKRS dedicada às edições exclusivas, onde os fãs da Nike se podem “candidatar” a comprar um par de ténis exclusivos, posicionando a Nike não apenas como uma marca de desporto, mas também como uma marca de streetwear..

Resumindo, os Superfãs não podem ser um objectivo, mas sim uma consequência de uma estratégia de comunidades forte e relevante.
Deixo-vos duas recomendações de livros sobre esta temática:
- Superfans da Pat Flynn
- Building Brand Communities da Carrie Melissa Jones