Criatividade: vamos continuar a desvalorizá-la?

Carla Rodrigues
Growth & Strategy Product & Innovation
Artigo da autoria de Carla Rodrigues, Business and Strategy Partner na What About Agency.

Nos dias de hoje, a criatividade é chave para o futuro, principalmente num momento em que a inteligência artificial (IA) e automação crescem todos os dias.

A inteligência artificial (IA) vai realizando todas as tarefas rotineiras e repetitivas e a criatividade é o que vai dar valor a essas tarefas e nos vai diferenciar de uma verdadeira máquina.

A inteligência artificial (IA), apesar de incrível a processar volume de dados e até a cruzá-los de forma cada vez mais complexa, ainda não os consegue criar de forma única e original.

É aqui que todos podemos fazer a diferença, potenciando o nosso hemisfério direito do cérebro que durante tantos anos tem sido desvalorizado, lado esse onde está a nossa criatividade, intuição e pensamento não linear. Enquanto a inteligência artificial se desenvolve na lógica e análise.

Quanto mais potenciarmos este lado, mais iremos ter capacidade de desenvolver o nosso lado criativo, resolvendo problemas de forma diferenciadora e inovadora.

Senão, pensem: se cinco pessoas utilizarem o “Chat GPT” para resolver o mesmo problema, as respostas serão muito similares, a diferença está em quem pegar nessa informação e a trabalhar de forma criativa. Os outros estarão apenas a fazer plágio.

Durante séculos, quem tinha o hemisfério direito do cérebro mais desenvolvido foi colocado de parte e até considerado menos inteligente, por isso, o ser humano tem-se focado em desenvolver o esquerdo, que é o que gerava bons empregos e um futuro promissor. Hoje já não é assim, principalmente para quem vive na Europa onde a mão de obra é mais cara e se pode contratar mão de obra mais barata de outras geografias e com inteligência artificial a automatizar muitas das tarefas e a não precisarmos de decorar informação.

A criatividade tem também um papel fundamental na adaptação às mudanças. Num mundo em constante evolução, aqueles que são capazes de pensar de forma criativa têm uma vantagem significativa na resolução de problemas complexos e na busca de novas oportunidades. A capacidade de pensar fora da caixa e encontrar soluções inovadoras é essencial para enfrentar os desafios emergentes e encontrar maneiras de prosperar no meio da incerteza.

Assim, é chave criar mecanismos para desenvolver o hemisfério direito, pois durante anos tem sido visto como secundário e até desvalorizado por todos.

Investir no desenvolvimento criativo, tanto na educação quanto no trabalho é fundamental para criar indivíduos que se destacam num mundo tecnológico.

Tom Kelley, autor do livro “The Ten Faces of Innovation”, propõe uma abordagem multifacetada para a inovação, destacando a importância da criatividade em todos os aspetos da vida e dos negócios. Na sua obra, Kelley explora diversas ‘personas’ que contribuem para o processo criativo, desde o “Antropólogo” que busca compreender profundamente as necessidades dos consumidores, até o “Colaborador” que promove a cocriação e o trabalho em equipa.

Existem muitas metodologias para desenvolver o lado direito do cérebro e esta é apenas uma, mas o que é importante é encontrar a que nos satisfaz mais e não esquecer que um ser criativo é um ser com futuro.


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Carla Rodrigues

Carla Rodrigues é licenciada pela ESCS, em Publicidade e Marketing, estando atualmente a fazer o doutoramento em Ciências da Comunicação no ISCTE.

Trabalhou em agências de meios como Initiative, Strat; Universal McCann, Wavemaker, em variados segmentos: Telecomunicações; Bebidas; Automóveis; Serviços; Farmacêutica; Indústria Alimentar; Serviços de Streaming, Moda, entre outros, e coordenou áreas como Digital, Content, Tecnologia em mais de 40 marcas, como EDP, Netflix, Pfizer, Vodafone, Chevrolet, Telepizza, Mango, Pescanova, Coca-cola, Beiersdorf, entre outras.

Detesta rotinas e adora mudanças, por isso, em 2018, após um percurso de 20 anos em Media, a sua resolução foi focar-se nas suas paixões: lançar uma agência de Digital Influencers – a What About Agency, e dedicar-se à Formação e à consultadoria de empresas.

No ensino, podem encontrá-la como professora na ESCS, na Universidade de Coimbra e, claro, como formadora na Lisbon Digital School.

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