
O turismo está em transformação. E quem não acompanha, fica para trás. Portugal é um dos destinos turísticos mais cobiçados da Europa. Paisagens únicas, autenticidade, gastronomia rica e uma oferta cultural diversa fazem do nosso país uma potência no setor. Mas há um problema crescente e silencioso: o atraso na digitalização.
Num mundo onde o consumidor é cada vez mais digital, informado e exigente, muitos negócios continuam invisíveis ou dependentes de intermediários. Esta realidade mina a autonomia, limita o crescimento e retira margem de lucro.
Estas são as principais ameaças que o setor enfrenta e que continuam a travar oseu verdadeiro potencial:
Presença digital pouco estratégica
Sites desatualizados, sem otimização para dispositivos móveis ou sem qualquer estratégia de SEO afastam os clientes logo à partida. Estar online já não chega — é preciso estar bem.
Dependência crítica de plataformas de terceiros
Booking, Airbnb, TripAdvisor e outras plataformas dominam a distribuição turística. Muitos negócios operam quase exclusivamente nestes canais. O custo? Comissões elevadas, perda de dados do cliente e pouco controlo sobre a reputação e comunicação da marca. As plataformas ditam as regras. Os negócios obedecem.
Ausência de canais próprios de comunicação e venda
A grande maioria das empresas não tem mecanismos eficazes para atrair e reter clientes. Sem newsletters, reservas diretas, campanhas segmentadas ou presença estratégica nas redes sociais, o esforço de aquisição é constante — e quase sempre feito por outros.
Pouca valorização dos dados
O turismo gera uma enorme quantidade de dados valiosos: preferências, hábitos, sazonalidade, feedback. Mas poucos utilizam esses dados para tomar decisões, personalizar ofertas ou prever tendências. Sem análise, há desperdício de informação e oportunidades perdidas.
Equipas com lacunas nas competências digitais
Apesar do crescimento do digital, muitas equipas continuam sem formação adequada em marketing digital, gestão de reputação, criação de conteúdos ou análise de desempenho. Isso impede uma atuação eficaz, autónoma e profissional.
O que está em jogo?
Mais do que competitividade, está em causa a sustentabilidade dos negócios turísticos a médio prazo. Quem não investe na sua presença digital depende de quem dita as condições. Quem não recolhe dados, perde poder de decisão. Quem não comunica com o seu cliente, perde-o.
Menos dependência. Mais autonomia.
A boa notícia? Nunca foi tão acessível dar o primeiro passo: começar por melhorar a presença digital, repensar os canais de venda direta e capacitar as equipas. Com estratégia, criatividade e ferramentas certas, é possível transformar o digital numa alavanca — e não num peso. O futuro do turismo será de quem souber posicionar-se com inteligência, consistência e identidade própria.
Luís Matias é Consultor e Formador em Marketing Digital com mais de 20 anos de experiência, colaborando diversas organizações governamentais e não governamentais.
Atualmente, acumula funções de Head of Marketing e Professor Residente na Associação Cozinheiros Profissionais de Portugal e Professor Convidado da Universidade Lusófona, onde desenvolveu e implementou o módulo de formação Marketing Digital na Restauração.
Licenciado em Gestão de Marketing pelo IPAM, detém uma pós-graduação em eCommerce pela Universidade Lusófona e Executive Master Marketing Digital pela Universidade Europeia.
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