A diferença entre ver e descodificar: a arte da aprendizagem imersiva

Glauco Madeira
Artigo da autoria de Glauco Madeira, Chief Transformation Officer na Lisbon Digital School.

Quantos de nós já voltámos de uma grande conferência internacional com uma mala cheia de cartões de visita, uma cabeça a latejar de informação e uma vaga sensação de que, apesar de tudo, perdemos o essencial? Este é o paradoxo dos megaeventos de inovação: prometem acesso ao futuro, mas entregam-nos, muitas vezes, um caos de estímulos. Corremos de palco em palco, movidos pelo FOMO (Fear Of Missing Out), e acabamos por praticar uma espécie de “turismo de conferências”, colecionando selfies e soundbites em vez de insights acionáveis.

O problema não está nos eventos em si; o valor é inegável. O problema está no nosso modelo mental de aprendizagem. Na era da abundância de informação, onde qualquer palestra estará no YouTube em 48 horas, o bem mais escasso não é o conteúdo; é o contexto. A verdadeira aprendizagem não acontece ao absorvermos passivamente uma apresentação, mas sim ao processarmos essa informação em conjunto, ao debatermos as suas implicações e ao traduzirmos uma tendência global para a nossa realidade específica.

É aqui que o modelo das Learning Expeditions (LeX) se revela transformador. Não se trata de uma viagem, mas de uma missão. Não é sobre ver, mas sobre descodificar. Uma expedição de aprendizagem bem desenhada substitui a aleatoriedade pela intencionalidade. Troca a sobrecarga de informação pela curadoria estratégica. Em vez de um grupo disperso de indivíduos, cria uma tribo de exploradores com um propósito comum, guiada por quem conhece o terreno.

O poder deste modelo assenta em três pilares fundamentais. O primeiro é a curadoria, que separa o sinal do ruído e garante que o nosso tempo e atenção são investidos no que mais importa. O segundo é a síntese colaborativa: as sessões de balanço no final de cada dia, onde as perguntas “O que vimos?” e “O que significa isto para nós?” são mais importantes do que qualquer palestra. É nestes momentos que a informação se transforma em conhecimento.

O terceiro, e talvez o mais poderoso, é a imersão no ecossistema. Aprender sobre inovação num hub tecnológico como Lisboa não é apenas assistir a palestras; é respirar o ambiente, é visitar as empresas que estão a definir o futuro, é conversar com os fundadores e os investidores que tomam as decisões. É entender a cultura, as dinâmicas e as oportunidades que não estão em nenhum palco.

Estamos a sair da economia da atenção para entrar na economia da intenção. O futuro da aprendizagem executiva não passará por acumular mais informação, mas por criar as condições para uma compreensão mais profunda. Menos turismo, mais exploração. Menos passividade, mais estratégia.

É este o espírito de exploração e aprendizagem focada que nos move. É por isso que, em 2025, a Lisbon Digital School irá guiar um grupo de líderes numa expedição de imersão ao coração do Web Summit, para fazer exatamente isto: transformar o ruído em aprendizagem duradoura.

Sabe mais sobre as LeX: https://lisbondigitalschool.com/campanha/learning-expeditions-2025/ 


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Glauco Madeira

Consultor de inovação corporativa e design de negócios com mais de 15 anos de experiência, incluindo estratégia de comunicação, planeamento de marketing, estratégia de negócios e formação para clientes como Galp, EDP, Banco de Portugal, Ministério da Justiça, Crédito Agrícola, Cofidis, Grupo IMPRESA, L’Oreal, Sonae Sierra, Sagres, Sumol+Compal e Delta Cafés.

Sócio e consultor do 401 Business Design, uma consultoria colaborativa de inovação sediada em Lisboa. Glauco também é formador de Design Thinking e Customer Journey na Lisbon Digital School e professor convidado na Nova School of Business & Economics nos temas de inovação e Design Thinking.

Alguns Clientes: Banco de Portugal, Casa da Moeda e Autoridade Tributária , Jogos Santa Casa, Deco Proteste, Águas de Cascais, Ministério da Justiça, Galp, EDP, Delta (Grupo Nabeiro), Teleperformance, Mercedes Benz, Volkswagen Autoeuropa, Sonae Sierra, Cetelem (BNP Paribas), Cofidis, Credibom, Crédito Agrícola (com Microsoft), CGD (Caixa Geral de Depósitos), Zeiss, Grupo Sugal e Guloso, Sagres (Central de Cervejas), Ponto PT, Sumol+Compal, Worten, Isidoro (Montalva), Grupo IMPRESA, Planetiers, Nexity, Tranquilidade, PwC, L’Oreal, Mediabrands, Nova Expressão, WyCreative (ex BY)

Atualmente, é Chief Transformation Officer na Lisbon Digital School. 

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