Branded Content e Brand Storytelling são uma potente interseção entre marcas, conteúdo, cultura e pessoas. Não é um departamento ou uma disciplina, porque vai muito além disso. É mindset e cultura, porque se refere a uma maneira diferente e ainda mais poderosa das marcas se relacionarem com a emoção das pessoas sem interromper as suas vidas, através de histórias relevantes que fazem sentido para o ser humano.
Branded Content e Brand Storytelling representam um rico território de narrativas em plena ascensão que amplifica os valores da marca enquanto é totalmente orientado para o que é importante para a audiência – caso contrário, não envolveria nem envolveria o público, já que hoje as boas histórias são compartilhadas porque interessaram às pessoas, não porque pertencem a uma determinada marca. Esta é uma realidade contemporânea que desafia, cada vez mais, as marcas de todos os segmentos, a nível global.
Branded Content não é Publicidade (formatos tradicionais intrusivos ou um long form video
ad -, nem é Content Marketing, Native Advertising ou qualquer tipo de integração clássica de produtos e marcas no universo do entretenimento (patrocínios, Merchandising, Product Placement/Product Integration).
Branded Content e Publicidade pertencem a diferentes planetas: enquanto a Publicidade é uma venda ou comercialização de mensagens institucionais da marca ou do produto – o que a marca quer dizer sobre si mesma – Branded Content e Brand Storytelling são o que o público deseja ouvir e saber, sem interrupção ou intrusão.
Abundância de informação, escassez de significado.
Vivemos hoje em num mundo hiper-conectado, hiper-mediático, dispersivo e imediatista, estamos obcecados pelo “agora” e pela urgência das respostas, em tempo real, para tudo o que acontece ao nosso redor. Uma cultura-mundo permeada por uma linguagem universal colapsada, onde as relações sociais são mediadas por imagens e continuamos a reproduzir micro-espetáculos daquilo que acontece no nosso cotidiano, configurando assim a tal “Sociedade do Espetáculo”, preconizada no livro de Guy Debord, publicado em 1967. Reagimos aos acontecimentos com tanta pressa e ansiedade, com medo de perder o timing das coisas, mas na verdade corremos o risco de sermos “infectados” por aquilo que não é verdade.
Um mundo onde há cada vez mais informação, e menos significado. Porém, quanto mais a tecnologia avança e muda o ritmo acelerado da sociedade e o comportamento humano como nos últimos 20 anos, mais a humanidade prevalece entre nós, visto que a tecnologia acaba por intensificar a necessidade humana natural de conexão emocional e histórias com valor que nos tornam e nos fazem sentir mais humanos.
Portanto, antes das marcas decidirem contar uma história, precisam escolher primeiro a verdade e optar por dar protagonismo às pessoas como um elemento essencial da narrativa que vai afetar o público. Quando a marca sintoniza a sua verdade com a verdade das pessoas, através de histórias carregadas de valores humanos, o resultado pode ser um grande sucesso tanto em reverberação da mensagem e envolvimento, como em relevância.
Existem alguns ótimos exemplos de Brand Storytelling e Branded Content como Dove Sketches (Unilever), Like a Girl (P&G) a série de curtas Human Made Stories da Volvo – destaco aqui o emocionante shortfilm “Music of the mind”, da cerveja Guiness, Never alone Gareth’ s story, da Netscout, o documentário longa-metragem Lo and Behold dirigido por Werner Herzog, a tocante história Justino da Lotaria da Espanha, as séries documentais de Molico/Nestlé Humanidade [Em Mim] e Humanidade [Em Nós], o documentário A Woman’s Place, da marca Kitchen Aid, entre muitas outras dos mais diferentes países e culturas.
Costumo dizer que a grande revolução do marketing acontece quando uma marca realmente se coloca no lugar das pessoas. Quando assume o compromisso de representar a sociedade, ousa transformar a cultura, não sendo a “dona” ou proprietária, mas sim a catalisadora de uma importante conversa com amplo significado para a sociedade, mais voltada para as pessoas e menos orientada para o produto a contar assim histórias relevantes em que o herói e protagonista é a audiência, não a marca.
A verdade reside na vulnerabilidade.
Narrativas de marca originais e autênticas que geram identificação com as pessoas e estabelecem relações emocionais são aquelas nas quais a história é relacionada connosco, é essencialmente sobre “nós”. Sobre o que somos e sentimos, com os nossos altos e baixos na vida. É baseada na verdade e feita para pessoas reais. A saber que o ser humano é fortemente atraído por personagens originais, autênticos, e imperfeitos, exatamente como somos.
É preciso um encontro entre o propósito da marca e o que é importante e verdadeiro para as pessoas, porque as boas histórias são maiores que produtos e humanizam marcas.
Chairwoman founder da Branded Content Marketing Association – BCMA Portugal e Brazil; Consultora estratégica de Branded Content, Brand Storytelling, Brand Purpose & Culture, Produtora Executiva de narrativas de marca; Considerada uma das maiores referências do mundo em Branded Content e Brand Storytelling. Head of Brand Storytelling, Branded Content & Entertainment no coletivo internacional ASAS.br.com, atuou na criação e produção de relevantes cases de Branded Content e Brand Storytelling, documentários, short films e séries para marcas como Heineken, Nestlé, Natura, Itaú, Instagram global e outros. Advisory Board Member do Women In Marketing UK e do IED Instituto Europeo di Design de Milão, onde também é professora convidada de Brand Storytelling e Branded Content. Idealizadora, curadora e professora do primeiro Bootcamp do mundo de Brand Storytelling, Branded Entertainment & Content da Miami Ad School; da 1ª Pós Graduação de Branded Content do mundo, lanca̧ da pela universidade Senac Brasil em 2016, ministra workshops In-Company no mundo e sua Masterclass imersiva Decode And Create Brand Storytelling há anos, em países como Franca̧, Itália, EUA, Portugal, México, assim como em Africa, América Latina, e no Brasil já na sua 24a edição. Profissional estratégica com 35 anos de experiência na indústria de marketing e comunicação, trabalhou no Marketing do McDonald’s, Citibank, na lideranca̧ de agências de publicidade como Ogilvy, Africa, DM9DDB, McCaan, foi sócia e co fundou a M&C Saatchi no Brasil e foi Vice Presidente de Planejamento Estratégico Latin America na Leo Burnett. Patrícia é jurada convidada da categoria de Branded Content em renomados festivais internacionais como Cannes Lions, CLIO Awards, entre outros. Autora colaboradora do americano Branding Strategy Insider com ensaios e entrevistas publicados também nas revistas americanas Contently, MusebyClio, LIA Insider e em publicações latinas e brasileiras.
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