O impacto da Inteligência artificial (IA) no marketing digital é uma realidade incontornável que está a transformar profundamente a forma como as marcas se relacionam com os seus consumidores.
Nesta fase, podemos fazer suposições ou previsões fundamentadas de como as soluções inteligentes podem e irão fazer pela indústria. Aos marketeers importa perceber e explorar de que forma a IA irá otimizar processos em três áreas específicas: Media, Commerce e Criatividade.
A personalização, automação, criação de conteúdos e analytics proporcionados pela IA irão gerar resultados sem precedentes, criando assim uma nova era no marketing digital.
Media
No que toca aos Media, a IA é inestimável para ajudar as empresas a identificar os melhores canais, audiências e mensagens para impulsionar o Return Of Investment (ROI). Além disso, reduz significativamente o tempo que os anunciantes gastam em tarefas mundanas que poderiam ser facilmente automatizadas.
Os profissionais de marketing modernos devem considerar integrar a IA e Machine Learning (ML) nas suas estratégias digitais, recorrendo às ferramentas disponíveis, que permitem tomar decisões mais rápidas e eficazes, combinando audiências, canais de media e mensagens para impulsionar o desempenho e o crescimento. Para começar, as empresas podem aplicar a IA/ML na melhoria do Search Engine Optimization (SEO), na otimização de copys dos anúncios, e na simplificação do planeamento e compra de meios.
Commerce
O crescimento das soluções inteligentes tornou mais acessível para as marcas estabelecerem contacto com os consumidores e oferecerem produtos relevantes em diversas plataformas, especialmente no comércio digital. A integração de tecnologias e algoritmos inteligentes – smart – permite às empresas otimizar as experiências dos utilizadores, tomar decisões mais informadas e melhorar a seleção de produtos, resultando numa melhoria significativa na satisfação do cliente, podendo esta aumentar em pelo menos 25%. Além disto, a automação reduz a necessidade de intervenção humana na segmentação e otimização de processos, poupando tempo e aumentando a produtividade.
No entanto, para que estas soluções sejam realmente eficazes, é essencial centrar o foco na qualidade, riqueza e conectividade dos dados. A máxima GIGO “Garbage In – Garbage Out” aplica-se, pois, a qualidade dos dados inseridos é diretamente proporcional à qualidade dos resultados obtidos. Garantir que os consumidores têm acesso ubíquo e de qualidade aos ativos da marca em todos os canais é fundamental. Neste contexto, as empresas podem potenciar as soluções inteligentes em três áreas principais: enriquecimento de conteúdo, otimização de produtos e aumento do envolvimento do consumidor.
Criatividade
A IA generativa está a emergir como uma força transformadora e disruptiva, especialmente para a indústria criativa. Anteriormente, a criação de conteúdos gráficos exigia a intervenção de designers gráficos qualificados, mas agora, qualquer pessoa, independentemente da experiência em design, pode criar, editar e gerar conteúdo gráfico com apenas algumas instruções.
Embora inicialmente houvesse preocupações de que a IA pudesse “esvaziar as profissões criativas”, as possibilidades que esta tecnologia oferece superam em muito as conotações negativas. A criatividade já não é exclusiva ao engenho humano, pois as ferramentas inteligentes permitem a exploração visual de temas e variações infinitas, tornando as capacidades artísticas acessíveis a todos e permitindo que os designers ampliem as suas criações.
No setor do marketing, a IA está preparada para substituir muitas das tarefas criativas mais rotineiras, que exigem menos originalidade, libertando assim tempo para que as empresas se concentrem na estratégia de execução, além da criação. Neste contexto, duas áreas principais emergem como foco: a idealização e produção criativa, onde a IA pode expandir as possibilidades criativas, e a otimização do desempenho criativo, onde as ferramentas inteligentes permitem ajustes contínuos para maximizar a eficácia das campanhas.
A revolução trazida pela IA no marketing digital é evidente e está a impulsionar resultados que, até há pouco tempo, seriam impensáveis.
Com a capacidade de personalizar experiências, automatizar tarefas, enriquecer a criação de conteúdos e fornecer análises/dados em tempo real, a IA está a permitir que as marcas se conectem com os seus públicos de forma mais eficiente e criativa. Contudo, à medida que estas tecnologias se tornam mais presentes no nosso quotidiano, é fundamental assegurar que o seu uso seja feito de maneira ética e equilibrada.
Entusiasta da área digital desde 2012, é formado em Gestão e Engenharia Industrial pela Universidade do Porto. Sempre viu nos processos de otimização industriais uma forma de melhorar o Marketing Digital.
Marketer de vocação, alia a capacidade analítica com o conhecimento técnico de implementação. Trabalhou na Adclick, Impacting Group e na Kwanko Group, onde geriu marcas como Cofidis, Credibom, N Seguros, IMF, Barclayscard, IMF, entre outras.
Foi Digital Manager do importador do grupo Volkswagen, responsável por uma equipa de interacção digital (Content and Community Managers) e por todos os investimentos digitais das marcas detidas pela SIVA (Volkswagen, Audi, Škoda, Bentley e Lamborghini).
Guilherme foi Co-founder e Managing Director da Alterway, antes de abraçar a Incubeta Portugal, onde foi Country Developer e atualmente Country Manager.
Além do seu percurso em empresas e formação, participou em diversos eventos na área de Marketing Digital promovidos pela Lisbon Digital School, tais como It’s All About the Power of Data, O Teu Futuro é Digital e Marketing Digital Talks.
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