Artigo da autoria de  Carlos Martins, Senior Digital Brand Manager na NOS

Prevê-se que em 2025, as vendas feitas através das redes sociais cheguem aos mil milhões de euros.

Biliões de pessoas em todo o mundo interagem diariamente com redes sociais como o Facebook, Instagram, TikTok ou o Pinterest. Horas e horas passadas em scroll infinito nos seus feeds de Social Media, seja a interagir com amigos, familiares, marcas ou influencers. Mas as redes sociais já não são apenas Social Media, e neste novo ambiente de “always shopping” onde as pessoas estão constantemente a descobrir novas ideias, soluções e inspirações das marcas, as plataformas de Social Media evoluíram para se tornarem e-marketplaces, com venda direta e compra de todo o tipo de produtos e serviços.

Mas, comecemos pelo início. Social Commerce, o que significa?

Enquanto que o E-Commerce diz respeito ao comércio de bens e serviços online, o Social Commerce refere-se ao comércio online que utiliza as redes sociais de uma forma holística, desde a fase da descoberta às vendas.

A importância das redes sociais é irrefutável. Segundo dados recentes, mais de 3/4 da população portuguesa tem, pelo menos, uma conta ativa numa rede social. O suficiente para passarmos em média, por dia, mais de 2 horas e 20 minutos nestes canais. Números que todos os anos têm aumentado e que se prevê que continuem a aumentar.

Para além da sua enorme penetração, em Portugal as redes sociais estão no Top 5 de principais fontes de descoberta de marcas, e apenas os motores de pesquisa as ultrapassam quando se trata de pesquisar sobre um determinado produto ou serviço. 

A verdade é que, para a maioria das pessoas, as plataformas de social media são a porta de entrada para tudo o que fazem online – notícias, entretenimento e comunicação. E agora o comércio (social commerce) também se junta a estas atividades.

Em 2021 o valor de vendas de e-commerce em todo o mundo foi de aproximadamente 4.9 triliões de euros e os números apontam para que no espaço de 4 anos exista um crescimento de 50%, chegando a cerca de 7,3 triliões de euros em 2025.

A forma como compramos mudou significativamente nos últimos anos. Fazemos compras diárias através dos nossos smartphones e assistimos a fenómenos como a hashtag #TikTokMadeMeBuyIt que, com mais de 21 biliões de vídeos no TikTok, provam que as redes sociais se estão a tornar num one stop shop tão poderoso, capaz de ameaçar os gigantes do e-commerce, como a Amazon, ou os próprios motores de pesquisa como o Google.

Brand awareness, serviço ao cliente ou shoppable content. A migração do e-commerce para as plataformas de social media exige novas formas de interação com o consumidor que nos obriga a reimaginar a experiência de marca para que a venda possa acontecer em qualquer momento da sua jornada. Exemplos claros desta transformação são a evolução do live streaming para o live commerce, onde durante uma transmissão live os consumidores podem comprar produtos diretamente aos vendedores.

Mas estas transformações não estão só a alterar a nossa maneira de comprar. Oferecem também novas oportunidades para as pessoas participarem numa economia social e global, quer seja como consumidores, mas também como criadores, influenciadores e vendedores, resultando numa distribuição de poder, dos grandes para os pequenos e para todos.

Este curso explora essa mudança e as várias implicações para as marcas de todos os setores. Oferece uma visão prática e acionável de como implementar uma estratégia de social commerce e quais as suas implicações.
Porque uma coisa é certa: “Social Commerce will only get bigger”

Links úteis:

The Future of E-Commerce https://www.shopify.com/research/future-of-commerce/future-of-ecommerce

The Future of Shopping and Social Commerce

https://www.accenture.com/us-en/insights/software-platforms/why-shopping-set-social-revolution

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